por Júlio
Saudações tricolores!
Mais uma derrota. Já é a terceira seguida, desta vez para o C.R. Flamengo, por 1 a 0. Pior: há três jogos sem marcar um golzinho sequer. Depois do bom começo de temporada nas cinco primeiras rodadas, "caímos na realidade" - e qual será profundidade desta realidade?
Na partida de ontem, no Engenhão, o São Paulo F.C. entrou em campo com dois zagueiros. Então, da escalação que eu postei, a mudança foi Rodrigo Souto no lugar de Luis Eduardo.
O JOGO
Foi um jogo sem sal. Como disse Rogério Ceni: "Não jogamos tão mal, mas também não produzimos nada para vencer o jogo. Se nós tivéssemos mais atenção na partida, não teríamos sofrido a terceira derrota seguida". Exato. Como eu havia dito na postagem anterior, o Tri-Hexa poderia sair do Engenhão com uma vitória. O jogo era igual, até comçamos melhor, mas não levamos perigo à meta de Felipe. Tanto é que dois lances de perigo a nosso favor saíram de bolas paradas, em cobranças de falta de Dagoberto. Uma na primeira etapa, um chute forte que Felipe espalmou para dentro da área, mas havia 15 tricolores impedidos; a outra no segundo tempo, quando já perdíamos, com boa cobrança no ângulo, que o goleiro rubro-negro foi buscar. Aliás, Dagoberto está sumido. Aparece só de vez em quando, diz "oi" e vai embora, nem parece o jogador do primeiro semestre. Dizem que ele está negociando sua saída. Pode ser.
Aonde andará o Dagol? Foto: Rubens Chiri/ site São Paulo F.C.
Mas voltando um pouco. Aos 12min., Carpa colocou Rivaldo. A diferença dele para os demais é que Rivaldo toca a bola (certo) de primeira, e isso ajuda muito. O time do São Paulo F.C., ao contrário, carrega a bola. Pode observar Jean, Juan, Carlinhos, Marlos, Fernandinho e Dagoberto: dominam, abaixam a cabeça e correm. Só levantam a cabeça quando estão próximos da linha de fundo, ou simplesmente passam ou chutam sem olhar. Lucas também joga assim, possui maior habilidade, mas precisa evoluir bastante, ainda. Rivaldo ainda fez uma bela jogada no final da partida: em ótimo lançamento de Marlos, o veterano matou a gorducha no peito e emendou pro gol, Felipe mais uma vez defendeu.
O bom volante Wellington não jogou bem. Parecia nervoso com a missão de barrar Gaúcho, que embora esteja longe daquele do Barça, ainda joga muita bola. Craque não desaprende. A defesa, como os outros ordinários já comentaram, tem Rhodolfo jogando bem e Xandão (que é bom zagueiro) jogando mal.
Por fim, o gol do C.R. Flamengo saiu de uma bela jogada que teve a participação decisiva de Thiago Neves, que enganou a zaga ao deixar a bola passar para a conclusão do argentino Bottinelli, rasteiro, forte, no canto. Aliás, os argentinos só marcaram no Brasileirão. Além do gol no Engenhão, Montillo marcou dois na Arena do Jacaré e assumiu a artilharia. Já a seleção dos hermanos... que fiasco! Mas isso já é outra história.
Pra finalizar esta parte, quero destacar a atuação de Júnior César. E então, o que acharam? (o Léo resumiu: é 66 vezes melhor que Juan).
EXPLICAÇÕES
E vejam vocês o que disse nosso comandante na coletiva: “a equipe está com alguma dificuldade em criar”. Pra este ordinário escritor, "alguma dificuldade" significa que ele não sabe qual seja. E veja como foi simples pra mim fazer esse diagnóstico rápido e óbvio. Ou seja, não sei qual jogo Carpa vê do banco.
E teve mais. Carpegiani esboçou uma reclamação sobre a tabela do Brasileirão: “a nossa tabela também é clássico em cima de clássico”. Não é a nossa, Carpa, é a de todos! Brasileirão é isso mesmo. Ou você pensa que está na Arábia?
Agora, claro, tem time aí com total privilégio. Será que o clássico de domingo também vai ser adiado?
BASTIDORES
Eu evito falar, mas não tem jeito. Como disse Felipão, na versão de Lele: "O São Paulo...psss..O São Paulo não vai ver nada tchê...não vai ter nada tchê....e por muito tempo, tchê...pspsps". Pois é, neste meio não há santo. Mas que a CBF está adorando tudo isso, está!
O Morumbi corre o sério risco de se tornar um elefante branco. É, geralmente se constrói um elefante branco, como os estádio de Manaus, Cuiabá e Brasília, por exemplo. Mas nossa casa, palco de tantos jogos históricos e conquistas importantíssimas para o futebol, não apenas para o São Paulo F.C., pode se tornar um desses. Fato novo. Também não conseguimos os patrocínios milhonários que queríamos e, todos sabem, uma coisa puxa outra. Tempos difíceis.
Mesmo com os problemas de bastidores, que afetam a equipe, ainda acho que podemos nos recuperar, pelo menos em campo. Temos bons jogadores individualmente, mas falta formar (ou reformar) uma equipe, no sentido de ensaiar jogadas com toque de bola, e pra isso maior aproximação. O time é rápido, pode fazer isso. Sem contar que agora só se fala nas três derrotas, mas as cinco vitórias seguidas foram importantíssimas e nos mantêm entre os primeiros.
Diante das dificuldades, o jeito é continuar torcendo, apoiando a equipe. Sábado, no "Morumtri", nosso adversário é o Cruzeiro E.C. Vamos encarar o frio da capital paulista e a má fase. Domingo o sol pode voltar a dar as caras.
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