segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Lampejos

Bruno Lacerda

Depois de um merecido período de férias, ele está de volta, não como o ESPECIALISTA que só vem na boa (que boa, hein!?) mas como um legítimo representante do gigante da Colina, de bate pronto passo a bola para titular absoluto do ordinários e representante oficial do time da Cruz de Malta...

Depois de um curto período de preguiçosas e matagais férias em MG, volto a escrever para este respeitável (?) blog.

Se minha presença online foi marcada por meros lampejos nas últimas semanas, parece que o Vasco também andou experimentando uma certa irregularidade desde meu último post: uma goleada de 4 a 0 sofrida para o Bahia dentro de casa, três empates em jogos que poderiam perfeitamente ser vencidos e duas vitórias, já contando com a desta rodada.

Sábado, contra o Figueirense, Marcelo Oliveira fez seu primeiro jogo em São Januário. Começou com uma escalação que ainda está se desenhando, dadas as diversas mudanças pelas quais nosso elenco tem passado ultimamente.

Fomos com o jovem zagueiro Luan improvisado na lateral-direita e Thiago Feltri de volta à titularidade na esquerda. Fabrício fez dupla com Dedé na zaga e o meio-campo foi formado por Nilton, Wendel, Juninho e Felipe (juntos!). Na frente, Tenório (barrando o Éder Luís) e Alecsandro.

A partida chegou a ensaiar uma nova frustração para nossa torcida, quando o time catarinense abriu o placar aos 12 do 1º tempo.

As coisas seguiram no arroz com feijão até os 33 minutos, quando Juninho fez uma linda assistência para Luan aparecer na surpresa e empatar.

Daí pra frente, felizmente, o que aconteceu foi aquilo que é repetitivo nos triunfos na nau vascaína: atuação de gala do Juninho. Com duas assistências e um golaço, nosso capitão comandou uma virada segura contra o desesperado clube do sul.

Final, Vasco 3 x 1 Figueirense.

Além de Juninho, quem tem sido decisivo é o Tenorio, que também deixou o dele – justamente o gol da virada. Muita vontade, muita movimentação, muita força, muita objetividade e alguma habilidade. Atacante bem no estilão vou-entrar-com-zagueiro-e-tudo. Com todo o respeito ao Éder Luís, quem merece a vaga atualmente é o equatoriano. Quem sabe entrando no 2º tempo pra arrumar uma correria o meu conterrâneo mineiro não recupere a confiança e a boa forma técnica?

Também vale mencionar os novos valores que têm aparecido desde os últimos jogos do Cristovão à frente do time, especialmente Luan e John Cley.

Inicialmente, a dupla enfrentou claros problemas de adaptação, já que não vinha jogando bem. O símbolo dessa dificuldade foi a goleada para o Bahia em São Januário, fato que culminou na avalanche de críticas ao Cristóvão e no consequente pedido de demissão do nosso então treinador.

Neste fim de semana, muito mais pelo passar do tempo do que pela mudança de técnico, as coisas foram diferentes. Destaque para o zagueiro Luan, que jogou improvisado na lateral-direita e não apenas deu conta da defesa, como marcou o nosso gol de empate.

Mas John Cley, entrando na 2ª etapa, também teve seus momentos e conseguiu atenuar a má impressão do passado recente.

Diga-se de passagem, acho que essa é uma das maiores provas de que a maioria das críticas ao Cristovão foi injusta. Ele saiu justamente em um momento de transição, em que nomes da base estavam chegando para suprir certas carências do elenco –  era normal passarmos por um momento de baixa no campeonato. Uma pena que as coisas tenham acontecido dessa forma, pois a demissão do dele significa, por tabela, a demissão do Ricardo Gomes.

A dúvida sobre as possibilidades do Vasco de permanecer no G-4 até o fim do Brasileirão permanece no ar. Mais que isso, hoje, ansiamos pelo G-3 – é bom lembrar que o 4º colocado, caso um brasileiro seja campeão da Sul-Americana, fica fora até da chamada “pré-Libertadores”.

Se os lampejos voltarem a ser uma sequência regular, temos chance.



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