terça-feira, 9 de outubro de 2012

Clássico RIO/SP...




Um jogo tão importante merece um post especial, então vamos inovar e, pela primeira vez no OrdináriosFC teremos uma tabelinha, um texto escrito a 4 mãos por mim e o vascaíno Bruno Lacerda. Pontos de vista diferentes, times diferentes, dois redatores que escrevem diferente, só aqui no Ordinários.

Ton Figueiredo & Bruno Lacerda

Como a bola é minha, o jogo começa comigo certo?

Na próxima quarta-feira SPFC e Vasco da Gama decidirão o futuro em 90 minutos diretamente do alçapão de São Januário, local onde o tricolor normalmente não é muito feliz.

Lembro ainda de um jogo em que o “baixinho” deitou e rolou e o Vasco ganhou de 7 a 1, mas também tenho boas lembranças como em uma vitória por 2 x 1 que praticamente garantiu um dos nossos títulos brasileiros.

E por falar em brasileiro não dá pra esquecer daquela final de 1989, talvez muitos dos nossos leitores nem tivessem nascido, mas nesse ano tanto o SPFC quanto o Vasco tinham verdadeiras seleções e o Gigante da Colina veio ao Morumbi e garantiu o titulo com um gol histórico de Sorato.

Vejam, história é o que não falta nesse clássico dois times de tradição e acostumados a disputar e ganhar os mais importantes campeonatos.

Palpite? Acho que dá São Paulo 1 x 0, vai ser um baita jogo de um lado Rogério Ceni e Luis Fabiano lideram o Tricolor nesse importante confronto, de outro Juninho Pernambucano desfila seu talento e tenta contagiar seus parceiros e a torcida que promete lotar São Januário.

Eu estarei em frente a TV, assistindo e torcendo por um triunfo Tricolor, o time está oscilando o ano inteiro, mas tem muito potencial. No confronto da próxima quarta estaremos desfalcados do garoto de 100 milhões de reais e o Vasco do melhor zagueiro do Brasil na atualidade, Dedé.  Ambos disputarão o “importantíssimo” amistoso contra a “forte” Seleção do Iraque ( que com certeza estará disputando o titulo aqui no Brasil em 2014, né?!)

Mas não adianta reclamar, porque o jogo é jogado e o lambari é pescado já diz o velho ditado. Então vamos pro jogo, eu vou encerrando por aqui, antes aplico uma caneta e um chapéu no meu amigo Lacerda e passo a bola com a categoria dos grandes craques tricolores....

Sai Ton Figueiredo, entra Bruno Lacerda

Como já devo ter dito aqui, sou mineiro, embora vascaíno e morador de São Paulo (e vi o mar pela 1ª vez do ES, pra completar o ciclo no Sudeste!).

Quando moleque, em MG, tinha um amigo que era o representante extra-oficial do SPFC na escola onde eu estudava: o Flávio Alan. Chato. Daqueles que faziam a gente ter vontade de faltar à aula quando nosso time perdia. Quando jogava na linha, se achava o França. Quando estava no gol, fingia que era o Zetti.

Tudo isso exemplifica o caráter nacional das torcidas de Vasco e São Paulo. Ajuda a mostrar também o grande alcance de uma partida como essa. E como são bacanas os clássicos interestaduais!

Pra falar um pouquinho de história, meu confronto inesquecível foi pela semifinal do Torneio Rio-São Paulo de 1999, quando se consagrou o cântico “o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor”.

A briga atual é diferente das disputas de títulos do passado: é pela “mera” possibilidade de chegar a uma pré-Libertadores. Mas o status do embate e o interesse de quem gosta de futebol não mudam.

Vejo os dois times em momentos parecidos. O Vasco começou o Brasileirão com mais regularidade, mas a coisa desandou um pouco na 2ª metade do campeonato. Nossa vitória por 1 a 0 no 1º turno também não significa muito agora, pois nosso time era outro – inclusive quem fez o gol foi o Fagner, hoje na Alemanha.

Nesta 4ª feira, a ausência de Dedé favorece o fator Luís Fabiano dentro da área, pois nosso miolo de zaga já se provou problemático sem o Mito. Por outro lado, eles não têm o importante Lucas. Sem falar que Juninho desequilibrou no 1º jogo, o que nos leva à conclusão de que o Ney Franco tem razão em se preocupar.

A partida tem cara de empate, mas, pelo meu lado torcedor, bota aí 2 a 1 pro Vasco. Nosso ataque que não tem convencido ultimamente, mas bota 2 a 1. Porque o jogo merece ser bom, pra gente lembrar que esse clássico é capaz de mexer com milhões de Brunos, Flávios e Tonicos em cada canto do Brasil.

P.S.: costumo evitar canetas e chapéus com a classe e a sutileza do saudoso Odvan.

Um comentário:

Júlio disse...

Muito bom!

E então, onde vão assistir esse jogo? Tenho aula na quarta, mas se toparem saio um pouco mais cedo para acompanhar em algum bar do centro.

E chama o Betão pra servir as cervejas - ele tá acostumado.

Abraços.