Mais um ordinário, nesse bando de ordinários!!!

Torcida brasileira,

Para começo de conversa gostaria de agradecer o convite para contribuir com um pouco das “besteiras futebolísticas” que habitam a minha cabeça e dizer que me sinto honrado por colocar os meus textos ao lado de gente que considero amigo e entendedor de futebol. Então como todo convidado que se preza, entro pedindo licença...

Recebi esse convite semana passada, dias antes da final da Libertadores e, bom santista que sou, aguardei pacientemente o jogo da última quarta para depois escrever esse texto. Pensei em abordar o assunto de diversas maneiras e acabei optando pela que me pareceu mais interessante: ressaltar os 99 anos de história de uma das maiores escolas de futebol do planeta!

Para ilustrar essa história escolhi uma frase do hino que diz “Um passado e um presente só de glórias...”. Para completar a ilustração, resolvi brincar com as coincidências entre o primeiro e o terceiro título continental conquistado pelos Meninos da Vila em cima desse mesmo Peñarol.

Voltando no tempo, lá em 62, o primeiro jogo da decisão terminou em igualdade e foi disputado em Montevidéo. Para o jogo de volta, vitória simples garantia o caneco e, na falta dela, prorrogação com pênaltis.

Na edição de 62 a camisa 10 era ocupada por um Gênio conhecido como Pelé. Hoje essa mesma branquinha tem como dono outro gênio (esse com letras minúsculas porque ainda tem muito para crescer), Paulo Henrique Ganso. Ambos não disputaram a partida de ida por contusão. Ambos acabaram decidindo a partida de volta. Ambos nasceram para o futebol na cidade de Santos.

Nas campanhas de 62 e 2011, o Santos não encarou nenhum time argentino ou brasileiro em seu caminho para o título.

Quando da primeira Libertadores, dominávamos o campeonato estadual, levantando os canecos Paulistas de 58, 60, 61 e 1962. Agora, levamos pra casa os de 2006, 2007, 2010 e 2011.
A vaga para a Libertadores de 1962 foi conquistada no ano anterior com a conquista da Taça Brasil sobre uma forte equipe do Bahia. Agora, voltamos ao campeonato continental ganhando a Copa do Brasil em cima de outro rival baiano, o Vitória.

Essas são algumas das coincidências que consegui recolher enquanto esperava ansioso a chegada do jogo da última quarta. Mas não as listei aqui para enfileirar coincidências, nem por superstição. Coloquei-as aqui para mostrar que o hino está certo: Temos um passado e um presente só de glórias!!!

Somos um celeiro de craques e de duplas memoráveis: Pelé e Coutinho, Diego e Robinho, Neymar e Ganso... Coincidência???

Somo a casa do Rei do Futebol, que com muito orgulho se considera santista e estava em 62, 63 e 2011 levantando a Taça Libertadores da América dentro do gramado!!!

Citando uma frase de André Kfouri para a revista Lance!: “A Libertadores estava morrendo de saudades do Santos...” e, completando a frase do jornalista: “...e nós, dela!!!”