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beto o tristão

Para mim quando o assunto e seleção brasileira, o sentimento que vem é o saudosismo. Logo lembro das fascinantes histórias (principalmente) dos times de 1970 e 80 com craques como Rivelino, Sócrates, Pelé, Tostão, Gerson, Jairzinho, etc.

Durante essas décadas em especiais, o selecionado brasileiro fez história. Pra muitos o time de 70 foi o maior já visto, sendo um dos grandes responsáveis por fazer o futebol brasileiro conhecido e respeitado no mundo. Há quem diga que a seleção de 80 foi ainda mais genial, mas como nosso povo não admite outra posição se não a primeira, esse hoje é menos mencionado.

E não é de hoje que o nossa seleção é relacionada a interesses de uns e outros. Por exemplo, na copa que conquistamos o tri, diga-se, com sobra, já associavam o time aos milicos e a tantas outras questões políticas e sociais. Desde então, a situação do futebol mudou muito, os negócios relacionados ao esporte ganharam proporções talvez inimagináveis. As transações entre os clubes aumentaram, os preços dos atletas cresceram absurdamente assim como os patrocínios, os direitos de transmissões, etc. Pensando friamente, tudo isso parece muito natural. Claro que não encaro com naturalidade toda essa corja administrando tudo isso, mas essa "evolução" não é nada de outro mundo.

Eu, assim como a maioria, vejo a seleção brasileira atual com uma série de problemas, envolta em questões particulares e obscuras. E só olharmos para a cadeira da presidência da confederação brasileira! Uma instituição que tem como presidente um fulano no gargo a mais de 20 anos, com autoridade suficiente para dizer nas nossas caras o quanto somos idiotas, não pode transmitir confiança.

Mas isso "faz parte" de toda a história do futebol, e são esses os causos que alimentam as discussões sobre o esporte (quase sempre muito regada a cerveja). Quando me reúno com os meus amigos, esses mesmos Ordinários que vez ou outra escrevem aqui nesse espaço, quase sempre discutimos essas questões obscuras que envolvem a seleção brasileira, como aquele episódio envolvendo o Femomeno e a relação do mesmo com a Nike. Sem falar nas convocações suspeitas para atender os interesses de um ou outro empresário.

Isso na teoria sempre existiu e pelo que posso supor sempre vai existir. Como mencionei há muitos interesses envolvidos nesse grande jogo e onde isso acontece, tem gente graúda envolvida. Mas até agora essa situação não "incomodava" muito, afinal, na terra do espetáculo, ou na terra do pão e do circo, somos os únicos até então a participar de todas as copas do mundo e os únicos penta campeões Mundial. Mas com a copa do Mundo se aproximando, ainda mais aqui no Brasil, muitas questões políticas começam a ganhar proporções grandiosas.

Mesmo com todas essas questões e problemas extra-campo, eu particularmente amigos (as), acredito na superioridade do nosso futebol em relação ao resto do mundo. Para mim o nosso selecionado, desde que superamos o tal sentimento de vira-lata, só perde pra ele mesmo. De novo, para mim quando três ou quatro jogadores da Seleção Brasileira estão inspirados e o restante fazendo a sua parte, dificilmente alguém consegue nos superar dentro das quatro linhas.

Mas o que o Sr Mano Mene$es tem feito desde que assumiu o cargo de "técnico" da seleção eu nunca tinha visto. O que ele tem feito em conjunto com o Sr Andrés e o Teixeira e tão descarado, que tem causado inquietação em quem eles não deveriam causar (e já estava mais do que na hora). A Policia Federal está preste a estourar o sigilo bancário do chefão da CBF, e aí meus amigos, a merda vai ser grande.

Bom, mas o que eu quero dizer com tudo isso é que sinto falta, mas muita falta mesmo do tempo em que os times quando entravam em campo e viam aquela amarela no gramado, literalmente peidavam na tanga. Mas não respeitam mais o nosso time, não respeitam mais o nosso futebol. Estamos perdendo o nosso brilho, a nossa magia que tanto encantou o mundo durante todos esses anos. Os campos na várzea estão desaparecendo, assim como o espírito das crianças que insistiam em brincar neles.

E aos Ordinários de plantão, em especial os sãoPAUlinos, que dizem apenas torcerem para seu time, eu digo, sou brasileiro e torço sim para a seleção. Sou contra o cenário atual, tão pouco gosto do Mano e do time que ele anda convocando, mas quero voltar a ver o nosso time dando aula, fazendo história e mantendo a nossa hegemonia dentro das quatro linhas e isso é mais do que possível. Afinal, somos ou não o país do futebol?