domingo, 22 de janeiro de 2012

Vai começar o espetáculo da bola Brasilis em 2012...

TonFigueiredo

Salve, salve Ordinários de norte a sul do Brasil, estou de volta. Depois de um período de muito trampo, trabalho frenético no final do ano que passou e no começo desse que se inicia, o pequeno Ordinário que vos fala está de volta.

A bola já rola nos campos do Brasil desde o começo de Janeiro pela Copa SP de Futebol Jr., o tricolor dançou e deu vexame da 1ª fase. Como disse JJ, é inadmissível um time que tem a estrutura que o São Paulo tem, perder para um catado de jogadores, que mesmo sofridos, jogam a vida nessa competição. Chegou a hora de repensar o tratamento dado aos “craques” do futuro, não é mesmo!?

Mas a bola rolou, o tricolorzinho da Copinha já era e quem está na final, mais uma vez é SCCP, o maior campeão da competição. Engraçado, que mesmo sendo o maior campeão da Copinha, não lembro de muitos jogadores que se tornaram destaque mundial, acredito que o Casão e o William. Quando digo destaque, mundial, é destaque mesmo. Jogador revelado na base e que desponta, disputa Copa do Mundo e ganha reconhecimento Mundial, jogadores como Serginho Chulapa, Kaká, Müller, Cafú, Rogério Ceni, Antonio Carlos e tantos outros que ainda virão das categorias de base do maior celeiro de craques do Brasil, o SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.

Bom, passando a copinha, vamos aos estaduais que na minha humilde opinião deveriam acabar. Campeonatos longos, cheios de times sem a menor estrutura e sem graça. O campeonato Paulista, para mim “paulistinha”, perdeu seu charme e importância no meio da década de 90. Hoje em dia se tornou uma pré-temporada de luxo, onde os times grandes se preparam para enfrentar a maratona de Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão.

Mas tudo bem, vamos fazer um exercício e buscar no passado algumas inspirações para podermos acompanhar esse campeonato. Vamos voltar no tempo e embarcar em uma viagem rumo aos grandes duelos do futebol paulista. Como tricolor, citarei alguns jogos inesquecíveis que marcaram o campeonato paulista.

O 1º jogo é a decisão de 1991, o início da máquina de jogar bola comandada pelo imortal Telê Santana. São Paulo x SCCP no Morumbi, o primeiro jogo da decisão, onde brilhou a estrela do maestro tricolor, RAÍ O TERROR DO MORUMBI. Uma partidassa do camisa 10 que matou o jogo e decidiu a conquista do título ainda na primeira partida. Vamos relembrar...



O 2º, eu estava presente e assisti in loco uma das maiores exibições de um time de futebol que já presenciei. Decisão do “Paulistão” de 1992, de um lado a máquina infernal de Telê Santana, no ápice de seu desempenho, do outro, o início de uma era de vitórias da Sociedade Esportiva Palmeiras que com a ajuda da multinacional italiana, conquistou inúmeros títulos (imaginem se não fosse a Parmalat, hein!? A torcida do Palmeiras seria menor que a do São Caetano e rivalizaria com o Moleque Travesso, rsrsrsrsrs). O Tricolor de Raí e Cia. Mais uma vez decidiu o título no 1º jogo, com 3 gols de Raí, de novo, e uma atuação de gala de Cafú, que anos mais tarde se tornaria uma das maiores decepções da torcida tricolor e também capitão do penta na Copa de 2002. O SPFC ganhou de 4 x 2, arrumou as malas, foi para o Japão, ganhou o mundial do dream team do Barcelona de Johan Cruyff, Koeman, Stoickkov, Guardiola e Zubizarreta, com 2 gols dele, Raí e conquistou o Mundo pela 1ª vez. Na volta para o Brasil, para comemorar o triunfo contra os catalães, um 2 x 1 sobre o Palmeiras e o bi-campeonato paulista.



No 3º jogo, mais uma vez o Corinthians pela frente, agora o ano era 1998. O SCCP estava montando uma máquina de futebol, que mais tarde seria eliminada 2x seguidas pelo Palmeiras na Libertadores da América e consagraria um Santo, São Marcos. O goleiro do Penta e que encerrou sua vitoriosa carreira nesse ano que se inicia. O Tricolor havia perdido o 1º jogo. A semana foi tensa, o SPFC depois de entrar para história com uma máquina de jogar de bola no início da década, vivia um momento conturbado, como o de hoje, de transição e precisava ganhar aquele título. E como uma última cartada e utilizando uma brecha no regulamento, a competente diretoria tricolor trouxe ELE, RAÍ!!!! Quando a torcida adversária ouvia esse nome tremia, Raí desembarcou direto de Paris para o Morumbi, vestiu o manto sagrado, marcou um gol, deu passe para outro de França, que marcaria ainda mais um em passe de Denilson. Esse por sinal se tornaria a maior transação do futebol brasileiro na época, jogador revelado na base tricolor. O São Paulo Futebol Clube era Campeão Paulista e Raí provou mais uma vez, quem era o rei do Morumbi.



No 4º e último jogo, vou avançar um pouco no tempo, quando o velho e bom para Paulistão, começava a se tornar “paulistinha”, mas é por um motivo. O ano era 2000, o adversário o Santos Futebol Clube, que esse ano comemora seu Centário e no gol tricolor, nascia um #M1TO, Rogério Ceni. Em 1998 ele já era o titular na conquista frente o SCCP, mas em 2000, aos 27 anos, Rogério Ceni era o Capitão do São Paulo e Raí, ainda era o nosso camisa 10, estava se aposentando do futebol profissional, era a passagem do bastão de um CAPITÃO para o OUTRO. Começava ali uma dinastia, que tornaria o atual dono da camisa nº 01 o maior jogador da história do SPFC.

Mas voltemos a decisão, o SPFC ganhou o 1º jogo e no segundo, jogava pelo empate. O enredo foi perfeito, escrito para ganhar um Oscar, assim como o milésimo gol do maior jogador de todos os tempos, Pelé, foi de pênalti para que todos pudessem parar para ver, o gol que marcaria o início da dinastia Ceni, foi de falta, sua especialidade. O São Paulo empatou o jogo em 1 x 1 com um golaço de Rogério Ceni, depois o Santos marcaria mais um e o SPFC voltaria a empatar com M. Paraíba. Na despedida de Raí e com gol de Ceni, o SPFC se tornou campeão Paulista de 2000.


Agora, vocês vão me perguntar. Porquê diabos ele encerrou o post no ano de 2000, quando no início do texto ele chama o campeonato de paulistinha? Amigóns #Ordinários de todo o Brasil, quem é tricolor sabe porquê. Hoje, dia 22 de janeiro de 2012 é aniversário do #M1TO. Rogério Ceni completa 39 anos, o goleiro de mais de 100 gols, mais de 1000 jogos, mais de 20 anos de clube está no estaleiro e esse ano não comemorará do jeito que mais gosta, em campo, defendo o SPFC e vestindo a camisa 01. Mas tudo bem, como eu disse, esse campeonato não serve para nada e no seu último ano de contrato, espero que renove por mais um ano, Rogério Ceni vai ter uma pré-temporada daquelas, vai se recuperar e voltar com tudo daqui uns 3 meses. Parabéns Rogério Ceni!!!!



















Agora é com vocês pessoal, quem conseguiu chegar até o final desse texto, comente e diga qual o seu jogo inesquecível do saudoso campeonato paulista. Um campeonato de tanta história, mas que infelizmente, pelo menos para mim, acabou...

4 comentários:

Ozeias souza disse...

Meu jogo inesquecivel foi RAI 3.0

Ton Figueiredo disse...

Porra Ozzi pra mim o jogo contra o Palmeiras em 92 foi o mais animal de todos, ganhamos o 1º jogo, fomos pro Japão, ganhamos do Barcelona e voltamos para garantir o título paulista com um gol do Cerezzo...

Leonardo André disse...

Ainda me lembro como se fosse ontem. O Campeonato Paulista de 1931, ainda como São Paulo da Floresta. O placar 4X1. O adversário? Curintcha!

O jogo foi em 10.01.1932 no "Estádio" do Parque São Jorge.

Os times entraram em campo com as seguintes formações:

SPFC: Joãozinho; Clodô e Barthô; Milton, Bino e Sasso; Luizinho, Armandinho, Friedenreich, Araken Patusca e Junqueirinha. Técnico: o grande Rubens Salles.

Gols: Armandinho, 4/1; Armandinho, 27/1; Friedenreich, 37/1; Araken Patusca, 19/2

SCCP: Onça; Grané e Juvenal; Parras, Oswaldo e Munhoz; Filhote, Tony, Gambá, Bertoni e Guimarães.

Gols: Guimarães, 2/2

Árbitro: Virgilio Friedrighi

Renda: Réis 51:998$000

Público: 20.222 pagantes


O São Paulo sagrou-se Campeão Paulista de 1931.

Júlio disse...

É, dos que eu assisti, o melhor mesmo foi o de 1992, contra o Palmeiras. Time imbatível.