terça-feira, 10 de julho de 2012

Olhando pra trás


By Bruno Lacerda

Como de costume, depois de cada rodada, aqui no Ordinários FC temos a análise do time da Cruz de Malta feita pelo Ordinário da Colina Bruno Lacerda. Então, segue o jogo...

Figueirense 1 x 1 Vasco.

O placar está longe de ser ruim, mesmo que nos tenha custado a liderança do campeonato.

O Figueirense é, há tempos, um time forte em casa. Além disso, nosso time tinha 6 desfalques: Éder Luís, Felipe, Carlos Alberto, Felipe Bastos, Rodolfo, Renato Silva.

O jogo foi de um equilíbrio análogo ao placar. Dominamos o primeiro tempo e o Diego Souza anotou um gol daqueles que comprovam a velha máxima: quem não chuta não faz. Uma bola quase despretensiosa de fora da área, que foi aceita pelo goleiro Wilson.

Na segunda etapa, levamos bastante pressão. Dedé, em mais um jogo “estranho”, furou uma cabeçada e viu a bola morrer no seu braço direito, ao melhor estilo Renato Silva. Pênalti. Prass defendeu a boa cobrança de Júlio César (para quem não se lembra, nosso goleiro já havia pegado um pênalti na primeira rodada).

Mas, aos 29 minutos, as seguidas tentativas do adversário se traduziram no gol de empate. Cruzamento da esquerda e Roni apareceu por trás da defesa pra finalizar com facilidade.

E foi isso. Tivemos algumas oportunidades e cedemos outras. Colocamos uma finalização na trave e levamos outra. Poderíamos ter vencido. Empatamos. Bola pra frente.

Mas está na hora de olharmos com atenção para o nosso sistema defensivo. Eu estava bem curioso para a partida de domingo, especialmente para ver o desempenho das nossas duas novidades no setor: William Matheus e Douglas.

O zagueiro foi razoavelmente bem. Se não chega a ser candidato a titular, também não esteve abaixo do nível do Rodolfo.

A lateral-esquerda, porém, voltou a ser uma via expressa com movimento de final de feriadão. Inclusive o gol do Figueirense saiu com o Roni se antecipando ao William Matheus dentro da área, em uma das poucas vezes em que este esteve ali para (tentar) fazer a marcação.

A esta altura, eu só posso imaginar que o Thiago Feltri deve estar muito mal nos treinos. Porque, em jogo, é nossa alternativa que melhor funcionou até hoje. Admiro a iniciativa do Cristóvão em buscar opções e fazer testes na posição. No entanto, é difícil pensar em mais motivos para o Feltri não ser titular.

Dedé, após a lesão que o deixou de molho durante boa parte do primeiro semestre, ainda não voltou ao seu melhor ritmo. Mas isso é coisa que vem com o tempo.

O fato é que sofrer pressão tem sido uma constante nos jogos do Vasco. Quando vencemos, é com Prass trabalhando sem parar, bola na trave, atacante adversário perdendo gol feito. Isso quando temos sorte.

Hoje, temos uma das seis defesas mais vazadas da competição: já são 11 gols sofridos em 8 rodadas. Dificilmente um time consegue ser campeão assim.

Talvez seja esse o principal ajuste que nos falta.


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