segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tá ruim, mas tá bom

By Bruno Lacerda


Já ta virando tradição, segunda é dia de Vascão, e isso não tem nada a ver em ser vice-campeão...Mais uma análise do Bruno Lacerda sobre o seu time de coração...







O clássico da faixa de campeão (para os menos entusiastas, clássico do cinto de segurança), entre Vasco e Ponte Preta, foi um jogo daqueles que dizem muitas coisas.

A novidade foi a barração do Diego Souza, que vinha mergulhado em sua frequente sonolência já havia algumas partidas. O substituto foi o Carlos Alberto, que tem jogado bem quando entra no segundo tempo. Na teoria, uma mudança até bem compreensível.

Outro ponto importante foi a insistência do Cristóvão com o Felipe na lateral-esquerda. Parece que, na cabeça do nosso treinador, o suposto ganho ofensivo com o Maestro nessa posição continua compensando a perda defensiva.

A terceira grande novidade foi a ausência definitiva do Rômulo, negociado no meio da semana. Fomos de Nilton e – de novo ele – Felipe Bastos.

O fato é que nada disso funcionou bem. Os primeiro gol da Ponte Preta saiu logo aos 16 do 1º tempo, numa clara falha de marcação pelo lado do Felipe.

Cinco minutos depois, ele mesmo subiu ao ataque e mostrou que o pensamento do Cristóvão tem uma certa lógica: um cruzamento preciso na cabeça do Alecsandro e bola na rede.

Mas foram outros 5 minutos de uma cruel precisão até a Ponte costurar outro gol, em mais uma jogada que começou pelo lado esquerdo da nossa defesa. Não só a marcação do Felipe era ineficiente, como o Felipe Bastos, que deveria fazer a cobertura, também não conseguia cumprir bem esse papel.

O jogo foi para o intervalo e ficamos esperando alguma mudança. Carlos Alberto lembrou o mal começo de 2011 e quase não tocou na bola. A proteção à defesa era ruim e a derrota – ou o empate melancólico – parecia consequência previsível. Tanto que boa parte da torcida se irritou quando o Vasco voltou para o 2º tempo com o mesmo time.

Mas, o futebol, amigos, o futebol não é previsível. Logo aos 3 minutos, eis que o Alecsandro acerta um cruzamento pra área, o zagueiro da Ponte fura e quem aparece pra finalizar é Éder Luís. Quem sabe esse gol não faça o rapaz voltar a jogar futebol?

Fora o gol, o Vasco continou jogando mal até por volta dos 20 minutos, quando o Diego Souza entrou e deu nova dinâmica ao meio-campo, mostrando que o chá de banco fez bem.

A vitória terminou de ser construída com a troca do Carlos Alberto pelo lateral-esquerdo estreante William Matheus (com o Felipe sendo adiantado para o meio-campo).

O moleque correu, se esforçou, passou mal e ainda “conseguiu” sofrer um pênalti dos mais duvidosos e comemorar quando o Diego Souza converteu.

Final, Vasco 3 a 2 com sofrimento.

Mais que nos render três pontinhos e colocar-nos de volta na luta direta pela liderança, a partida serviu para botar algumas certezas na cabeça deste torcedor orgulhosamente metido a técnico de futebol:

1. Felipe na lateral-esquerda é mais prejuízo que lucro.

2. Diego Souza não pode ter cadeira cativa, mas continua sendo importantíssimo.

3. Carlos Alberto não é a solução dos nossos problemas.

4. Rômulo vai fazer muita falta.

5. Alguém precisa arranjar uma alternativa ao Felipe Bastos.

6. Alecsandro, embora sempre contestado pela torcida, é diretamente responsável por grande parte dos nossos bons resultados (muito mais do que pelos ruins). É mais eficiente do que dizem e menos valorizado do que deveria.

Um abraço.


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