Não vou ficar de conversa fiada porquê vascaíno e ordinário só tem um...
Bruno Lacerda
Por motivos de “trabalho
pacarai” já foram quatro rodadas desde a última vez em que postei aqui no blog.
Se eu fosse um
cara supersticioso, estaria em meio a uma crise de auto-flagelo, pois nesse
tempo ganhamos só 4 pontos em 12 disputados. Felizmente, há um fato que me
isenta de culpa: ninguém perde
quatro dos principais jogadores do elenco sem perder qualidade.
Naquela vitória sobre o Santos, até tivemos indícios de
que as saídas de Allan, Rômulo, Diego Souza e Fagner não teriam tanto efeito
assim. Mas tiveram, especialmente no caso dos dois últimos. Com os resultados recentes,
fica claro que o Vasco voltou a ser o que foi até 2010: joga bem às vezes, mas
não tem poder de decisão, de se impor, resolver a partida e botar os pontos na
conta.
Na
quinta-feira, o 2 a 2 contra o Coritiba foi ruim não só pelo resultado, mas
também pela atuação pouco inspirada. Também não há muito o que dizer especificamente
sobre a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, nesse domingo.
Depois de muito
tempo, voltamos a iniciar um jogo com Juninho e Felipe no meio-campo. Deu certo
até metade do primeiro tempo, com o Vasco jogando melhor. Depois a coisa
esfriou. E assim foi até os 37 minutos do 1º tempo, quando Prass soltou a bola
em um chute de longe do Ramon e Vágner Love mandou pra rede no rebote.
Aliás, fizemos
um grande favor ao ego do Ramon. O cara que ressurgiu para o futebol quando
passou pela Colina se declarou “magoado” pelas vaias que recebeu durante algumas
partidas, ainda como jogador do Vasco. Ontem, entrou em campo com raiva e
mostrou que, se ficasse magoado o suficiente pra jogar com tanta raça contra
todo mundo e durante uns 20 anos, talvez conseguisse passar a carreira toda sem
ser vaiado.
No segundo
tempo, voltamos com Carlos Alberto no lugar do Felipe.
Aí ferrou de
vez. O Éder, em particular, caprichou na sua especialidade: baixar a cabeça,
correr até a linha de fundo e cruzar rasteiro na marca do pênalti, pra ninguém.
Carlos Alberto,
por sua vez, apesar de ter sido declarado pela torcida como o novo dono da camisa
10 e a despeito das
boas partidas no retorno a São Januário, voltou a ser aquele camarada que se
recusa a fazer o simples e quase sempre erra tentando fazer o complicado.
Acho que não se
pode esquecer os méritos das pessoas. Éder Luís em 2011 e Carlos Alberto em
2009 ajudaram muito o Vasco em momentos importantes. No entanto, hoje, são dois
a menos em campo. Ofensivamente, passamos a ser dependentes do Juninho e, em
menor grau, do isolado Alecsandro. E o pior: o Cristovão nem tantas opções no
banco pra mudar a escalação de um jeito mais radical.
Espero estar
errado e por isso intitulei este artigo com uma pergunta, mas... Aparentemente,
abrimos mão do título quando desmanchamos mais de 1/4 do nosso time titular,
até porque meu conterrâneo Atlético-MG está fazendo uma campanha que só pode
ser sacanagem.
A esta altura,
a classificação para a Libertadores parece um objetivo mais realista que o
titulo.
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