segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Desmanche de um objetivo?


Não vou ficar de conversa fiada porquê vascaíno e ordinário só tem um...

Bruno Lacerda

Por motivos de “trabalho pacarai” já foram quatro rodadas desde a última vez em que postei aqui no blog.

Se eu fosse um cara supersticioso, estaria em meio a uma crise de auto-flagelo, pois nesse tempo ganhamos só 4 pontos em 12 disputados. Felizmente, há um fato que me isenta de culpa: ninguém  perde quatro dos principais jogadores do elenco sem perder qualidade.

Naquela vitória sobre o Santos, até tivemos indícios de que as saídas de Allan, Rômulo, Diego Souza e Fagner não teriam tanto efeito assim. Mas tiveram, especialmente no caso dos dois últimos. Com os resultados recentes, fica claro que o Vasco voltou a ser o que foi até 2010: joga bem às vezes, mas não tem poder de decisão, de se impor, resolver a partida e botar os pontos na conta.

Na quinta-feira, o 2 a 2 contra o Coritiba foi ruim não só pelo resultado, mas também pela atuação pouco inspirada. Também não há muito o que dizer especificamente sobre a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, nesse domingo.

Depois de muito tempo, voltamos a iniciar um jogo com Juninho e Felipe no meio-campo. Deu certo até metade do primeiro tempo, com o Vasco jogando melhor. Depois a coisa esfriou. E assim foi até os 37 minutos do 1º tempo, quando Prass soltou a bola em um chute de longe do Ramon e Vágner Love mandou pra rede no rebote.

Aliás, fizemos um grande favor ao ego do Ramon. O cara que ressurgiu para o futebol quando passou pela Colina se declarou “magoado” pelas vaias que recebeu durante algumas partidas, ainda como jogador do Vasco. Ontem, entrou em campo com raiva e mostrou que, se ficasse magoado o suficiente pra jogar com tanta raça contra todo mundo e durante uns 20 anos, talvez conseguisse passar a carreira toda sem ser vaiado.

No segundo tempo, voltamos com Carlos Alberto no lugar do Felipe.

Aí ferrou de vez. O Éder, em particular, caprichou na sua especialidade: baixar a cabeça, correr até a linha de fundo e cruzar rasteiro na marca do pênalti, pra ninguém.

Carlos Alberto, por sua vez, apesar de ter sido declarado pela torcida como o novo dono da camisa 10 e a despeito das boas partidas no retorno a São Januário, voltou a ser aquele camarada que se recusa a fazer o simples e quase sempre erra tentando fazer o complicado.

Acho que não se pode esquecer os méritos das pessoas. Éder Luís em 2011 e Carlos Alberto em 2009 ajudaram muito o Vasco em momentos importantes. No entanto, hoje, são dois a menos em campo. Ofensivamente, passamos a ser dependentes do Juninho e, em menor grau, do isolado Alecsandro. E o pior: o Cristovão nem tantas opções no banco pra mudar a escalação de um jeito mais radical.

Espero estar errado e por isso intitulei este artigo com uma pergunta, mas... Aparentemente, abrimos mão do título quando desmanchamos mais de 1/4 do nosso time titular, até porque meu conterrâneo Atlético-MG está fazendo uma campanha que só pode ser sacanagem.

A esta altura, a classificação para a Libertadores parece um objetivo mais realista que o titulo.

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