Bruno Lacerda
Cinco derrotas seguidas.
Não precisa entender muito de futebol para
perceber que são remotas as possibilidades de vermos o Vasco na Libertadores
2013. Ficar fora da Sul-Americana também já é uma hipótese improvável. Assim,
ao que parece, o ano acabou e o Natal chegou mais cedo para o CRVG.
O golpe de misericórdia ainda não veio, mas
a marreta foi levantada pelo Corinthians, no sábado, nos vencendo por 1 a 0 no
Pacaembu.
O Vasco, time regular que é, manteve a tônica
das últimas partidas: domínio da posse de bola no 1º tempo, efetividade quase
zero, perda de rumo e desorganização no 2º tempo.
O ataque com Éder Luís e Carlos Alberto não
é uma alternativa. A criação de jogadas ofensivas depende excessivamente do
Juninho. A defesa sem Dedé já não funciona faz tempo, em parte por não termos
outros zagueiros capazes de botar ordem na cozinha, em parte por vacilos dos
volantes, em parte pela fragilidade das nossas laterais.
Mas, se Natal combina com presentes, fica a
torcida para que algo melhore em 2013.
Os erros que fizeram nosso atual estágio de
declínio estão claros como nunca, o que favorece o planejamento para
consertá-los.
Fica a lição de que o clube precisa de um
mínimo de estabilidade em seus contratos com jogadores: a perda por atacado de
Rômulo, Allan, Diego Souza e Fágner foi o começo do fim.
É uma obviedade dizer que também precisamos
de equilíbrio financeiro. Não adianta contratar e não tem como pagar.
Em outras palavras, é preferível uma equipe
mediana com salários em dia e jogadores que permanecem durante todo o ano do
que um novo Trem-Bala da Colina que descarrile no 2º semestre.
Apesar dos protestos da torcida, acho que
pouca gente duvida das boas intenções do Dinamite. A realidade financeira do
Vasco é difícil. A diretoria já acertou algumas vezes e errou outras. Vem aí
mais uma oportunidade de escolher o melhor caminho.
Comecem a escrever suas cartinhas para o
Papai Noel.

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