segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Palmeiras: novos tempos?

LÉO

Amigos palestrinos, cansado de ver alguns ordinários desse espaço sacaneando vocês, em muitos casos, beirando o bulling, gostaria de parabenizá-los pelo derby de ontem. Jogando contra a melhor equipo do país, um empate pode ser considerado uma vitória (esperamos que algum de vocês apareça por aqui para falar do jogo).


E parece que as coisas estão sendo melhor encaminhadas com a nova diretoria. Mesmo o caso Barcos, transferido de supetão num processo relâmpago, parece ter sido um bom negócio para o time de Perdizes. É claro que a Libertadores é apenas um sonho distante para a equipe que está sendo formada. Mas sendo realista e com uma boa dose de humildade, o caminho a seguir pela diretoria deve ser esse mesmo, formar um bom time para a disputa da série B.


Reproduzo abaixo uma matéria do verdazzo.com.br esclarecedora sobre a transferência do Pirata para o tricolor do Sul.


Diretoria esclarece os pontos em aberto da venda de Barcos


18 de fevereiro de 2013 por @parmerista



Na noite de sexta-feira, a pedido do grupo Fanfulla, a diretoria do clube recebeu uma comissão de 15 membros para explicar a negociação envolvendo o atacante Barcos, que foi para o Grêmio. Estive presente na reunião, que contou com as presenças do vice-presidente Genaro Marino; e dos diretores de planejamento Luís Fronterotta e Marcio D’Andréa – que também são fanfullistas.

Não foram feitas muitas revelações que estavam ocultas anteriormente. Na verdade, todas as informações já tinham circulado na imprensa – mas quase todas tinham diversas versões, muitas conflitantes. No final, conseguimos uma versão unificada de toda a sequência de fatos.

Em primeiro lugar a diretoria do clube considera que Barcos teve uma atitude correta durante todo o tempo, que não faltou com o respeito para com o clube em nenhum momento, apenas defendeu seus interesses. O atleta vinha manifestando desejo de sair do clube internamente, sem esconder de ninguém, aborrecido com duas coisas: os atrasos nos pagamentos e a preocupação em estar em evidência para Alejandro Sabella, treinador da seleção argentina. Não precisamos nos aprofundar sobre a avaliação do atleta quanto ao segundo motivo, é problema dele – aliás, o brilhante Ugo Giorgetti encerrou o tema neste texto. Mas o argentino tinha razão em estar descontente com os atrasos nos salários.

Barcos tinha não só os salários deste ano atrasados, como também não recebia desde novembro – sempre lembrando que Tirone lhe concedeu, de forma inédita, um aumento retroativo – e pagou uma comissão de R$400 mil para o agente/irmão do jogador pela alteração contratual. Enfim, Barcos podia sair a qualquer momento. O Palmeiras até poderia segurá-lo, fazer um esforço sobre-humano e pagar seus atrasados. Mas a insatisfação dele em ficar “escondido” permaneceria. Foi diagnosticado que ele não estava feliz aqui, e a proposta do Grêmio já o tinha balançado o suficiente.

Barcos já havia deixado claro para todos que se recebesse ofertas, queria que fosse avaliada, e que se a diretoria recebesse ofertas, ele queria ficar sabendo. Ele foi para o jogo com o Atlético Sorocaba com um jantar marcado na sequência com um diretor do Grêmio, para ouvir os detalhes. E gostou do que ouviu. Na madrugada de quinta para sexta, comunicou a diretoria, que por sua vez, passou a conversar com o Grêmio, já ciente que tinha que conseguir um bom negócio porque Barcos, se soubesse que o Palmeiras negligenciou a oferta, poderia sair de graça, na Justiça. Seria um caso para anos e anos de disputa – até lá, ele já estaria aposentado, o Palmeiras perderia o ídolo de qualquer forma e não teria compensação alguma.

Com a faca no pescoço, a diretoria então arbitrou um valor de R$10,6 milhões, referentes a 55% dos direitos econômicos do atleta. O Grêmio não tinha (ou não queria dispor de) essa quantia em dinheiro, e então as conversas acabaram partindo para a amortização do valor envolvendo outros atletas. A conversa interessava ao Palmeiras, que tinha que continuar a repor o elenco rebaixado que foi desmontado no fim do ano. E assim, preliminarmente, foi fechado um pacote, todos eles com lastro no valor global de R$10,6 milhões. Caso um ou mais jogadores não fechasse, haveria uma correspondente transferência de uma fatia dos seus direitos econômicos – isso foi feito confiando que os jogadores em questão estavam, em sua maioria, em baixa no Grêmio e não criariam dificuldades.

O Palmeiras teve que correr. Barcos interessava ao Grêmio apenas se fosse viável sua inscrição para a Libertadores. O interesse era mútuo: o Grêmio queria o jogador, e o Palmeiras queria os jogadores mais a diferença em dinheiro. O problema é que, por causa da velocidade em que as coisas tinham que ser resolvidas, as informações vieram à tona de forma equivocada. O primeiro lote de relatos falou em “troca”. Isso não partiu de nenhuma das diretorias, foi apenas a interpretação dada pela imprensa. Ao não deixar claro que todos os pedaços que compunham o valor global da transação estavam lastreados, ficou a impressão que o Palmeiras não apenas havia sido engambelado, como também trabalhou com afinco para reforçar um rival, sem ter nada de volta.

Aos poucos os jogadores foram se definindo. Todos eles viriam por empréstimo até o fim do ano, sem passe fixado. Pelo pacote de cinco empréstimos foi estipulado o valor de R$2,5 milhões. Os jogadores seriam Vilson, Rondinelly, Leandro, Leo Gago e Marcelo Moreno. Todos foram bem encaminhados na manhã e tarde de sexta, até que o pai de Marcelo Moreno teve um surto psicótico e falou aquilo que todos já sabem.

Barcos já estava com tudo acertado e embarcou rápido para Porto Alegre. Dos “nossos”, só Vilson já estava por aqui – até porque, já havia tratativas anteriores para trazê-lo e estava realmente adiantado. E de sexta para sábado, nossa diretoria teve que se desdobrar para reverter a situação de Moreno, e ainda conversar com os outros três para fechar cada negociação – o que tornou tudo mais lento. A estratégia de Brunoro e Nobre foi sair da mira da imprensa, para poderem focar nas conversas com o pessoal de Porto Alegre. A imagem de chapéu, que foi disseminada, permanecia.

Um ponto que não havia ficado claro até agora é que, além do empréstimo dos jogadores, o Palmeiras terá direito a 15% dos valores econômicos de cada um em caso de venda deles durante ou imediatamente ao fim do contrato. É o chamado “percentual de vitrine”.

Além então desses R$2,5 milhões dos empréstimos, o restante do pagamento por 55% dos direitos sobre Barcos (o Palmeiras reteve ainda 15% e a LDU ainda tem os outros 30%) foi composto da seguinte forma:

■R$4 milhões em dinheiro para o Palmeiras

■R$1,3 milhão para a LDU (dívida do Palmeiras)

■R$ 1 milhão para Barcos (dívida do Palmeiras)

■15% dos direitos econômicos de Marcelo Moreno, fatia avaliada em R$1,8 milhão

E assim foi fechado o negócio. Se um jogador não fechasse, seria tentado outro, desde que de comum acordo entre as diretorias e comissões técnicas. Foi o caso de Marco Antonio, não liberado por Luxemburgo – Rondinelly veio em seu lugar. No caso de Marcelo Moreno, por ser o mais valioso e o substituto imediato de Barcos, o valor foi mais alto: se não vier, o Palmeiras passa a ter 35% de seus direitos econômicos.

Questionados, os diretores passaram aos membros da comissão que o que mais se valorizou nessa negociação não foi o dinheiro, e sim a recomposição do elenco. Não discutiram a enorme capacidade técnica do argentino, e reconhecem o valor mercadológico do atacante, sua influência perante as crianças e até sobre adultos. Mas optaram por fortalecer a base do elenco, em comum acordo com Brunoro e Gilson Kleina, aproveitando jogadores que só estão fora dos planos no Grêmio porque o clube gaúcho tinha um elenco extremamente numeroso. Todos os envolvidos foram avalizados tecnicamente. De fato, Vilson já começou a dar retorno no Derby.

Permanece em aberto a situação de Marcelo Moreno. Caso o Grêmio seja eliminado na Libertadores na primeira fase, sua vinda fica bem mais viável. O atleta não desmereceu o clube em nenhum momento e seria muito bem-vindo, encaixaria muito bem no elenco – a despeito do mar de bobagens dito por seu pai.

Outra alternativa, polêmica – e isso foi especulado pela imprensa, não pelos diretores do Palmeiras, que nem tocaram no assunto – seria envolver Judas30 na jogada. O jogador, totalmente desprestigiado, está louco para sair de lá. E o Grêmio ainda pagaria metade de seu salário, segundo as especulações. A enquete do Verdazzo já teve quase seis mil votos a respeito dessa possibilidade.

A diretoria reconheceu o erro na hora de comunicar o negócio ao público, e diz já ter tirado lições desse erro. Quanto ao resto, está segura de que foi um bom negócio. Os membros da comissão do Fanfulla saíram unanimemente satisfeitos com o que ouviram.

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O grupo Fanfulla terá todos os seus conselheiros como parte da diretoria de Paulo Nobre. Isso torna o grupo, inevitavelmente, governo. Todas as comunicações do grupo, a partir de agora, devem ser vistas dessa forma. Que a torcida do Palmeiras saiba que tem na diretoria do clube representantes legítimos da arquibancada, todos com formação compatível para a atuação nas áreas em que vão trabalhar – de forma não-remunerada, em conjunto com profissionais especificamente contratados.

Já o Verdazzo preserva sua independência. É bastante possível que em determinados momentos, uma crítica à diretoria de Paulo Nobre seja necessária. O Fanfulla pode até ser contrário a ações do presidente em determinados pontos, mas em nome da coesão da diretoria, vai atuar politicamente e se posicionar sem causar nenhuma exposição. O Verdazzo , no entanto, vai continuar tocando nas feridas sempre que achar necessário, e se isso implicar em conflito com o posicionamento do grupo político, é possível que haja um desligamento. Que os leitores tenham sempre isso em mente: o Verdazzo apoia a gestão de Paulo Nobre, mas a exemplo do apoio à gestão Belluzzo, é um apoio crítico, sem abrir mão da independência, jamais.

No caso da transferência de Barcos, a impressão final, após os esclarecimentos, foi positiva, a despeito das falhas no dia mais crítico do processo. Os fatos estão aqui, expostos, e cada leitor pode fazer seu próprio julgamento.

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fonte: http://www.verdazzo.com.br/verdazzo/diretoria-esclarece-os-pontos-em-aberto-da-venda-de-barcos

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2 comentários:

Beto Tristão disse...

é, o jogo foi razoável.
com relação ao barcos, essa meteria de fato explica um pouco melhor as coisas. o foda é que o negócio foi feito na correria o que acabou atrapalhando muito a definição dos jogadores que viriam nessa troca maluca.
a minha "preocupação" é que quando o ano encerrar, mais pelo menos 6 ou 7 irão embora. e ai, monta um time tudo de novo?????? enfim, uma coisa de cada vez. quero crer que a competência dos que estão administrando o clube hoje falará mais alto. no mais, acho que com esse time formado vamos conseguir subir numa boa.
bom textículo leo rsss

Ton Figueiredo disse...

Competência dos que estão administrando o clube???? Hahahahahahahahahahahahahahahahahhahahahahahahahahahhhahahahahahahahahahahahahahahahahahahha

Ele voltou Senhoras e Senhores mais piadista do que nunca...Depois do Beloser agora temos Nobre e Brunoro sem dinheiro da Parmalat... Minha nossa!!!!!