A seleção brasileira sub-20 conquistou o pentacampeonato mundial de futebol disputado na Colômbia. Neste útimo sábado, em partida emocionante, nossa seleção venceu Portugal por 3 a 2. Os três gols da nossa seleção foram marcados por Oscar, jovem revelação Tricolor que se desentendeu com a diretoria e deixou o Morumbi, transferindo-se para o S.C. Internacional após longa novela.
O destaque da seleção, no entanto, foi Henrique, centro avante Tricolor. O jovem, após sua excelente atuação no campeonato mundial, já declarou que pretende se desligar do são Paulo F.C., seguindo orientação de seu empresário.
Atualmente, são mutos os exemplos de jovens jogadore que com destaque em suas atuações, se consideram fundamentais para suas equipes, se colocam acima do clube e exigem salários fora da realidade nacional, porque tem que proporcionar uma vida luxuosa para eles, seus familiares e o empresário. Incluem-se nesta categoria, além dos jogadores são-paulinos, as estrelas da Vila Belmiro (Neymar e Ganso), que antes mesmo de conquistar um título sequer para o peixe já pensavam em melhor remuneração.
Claro que os clubes não são apenas vítimas. Se deixar, eles impõe um contrato de trabalho que não oferece muitas vantagens ao jogador. Assim como qualquer grande empresa, querem maior produção pelo menor custo possível.
Henrique nunca jogou bem no São Paulo F.C. Teve uma boa passagem pelo Vitória, ano passado, mas no Tricolor não apresentou bom futebol nas vezes que foi colocado em jogo. Pra mim, pode ir embora. E pode levar o Casemiro junto, que rejeitou o salário de R$60.000 oferecido pelo São Paulo F.C., que representa quatro vezes mais do que recebe atualmente (R$15.000). Sem contar toda a estrutura oferecida.
Três perguntas se fazem necessárias:
1. Quem neste país consegue um aumento desse e com esse salário?
2. Quem eles seriam se não tivesse toda a estrutura do clube?
3. O que eles já conquistaram para o clube?
Sendo assim, minha opinião é: "tchau e boa sorte".
Para completar, deixo a análise do amigo Rogério Batistini, também são-paulino e ex-professor de quase todos os ordinários que escrevem este blog, com a qual concordo plenamente.
O futebol não existe sem os clubes e a paixão dos torcedores.
Os jogadores são fundamentais, mas sem a tradição das camisas que vestem não existiriam. O esporte bretão é coletivo e pressupõe a existência de equipes que representem anseios coletivos.
Cada clube, com sua história, suas cores e sua camisa é mais do que um empregador eventual para um pobre coitado que busca fazer a vida; é expressão de sentimentos irracionais que nos tornam humanos.
Quando empresários espertalhões e jogadores profissionais se unem para o objetivo legítimo do ganho máximo no mínimo tempo e com o mínimo esforço, contribuem para destruir o futebol.
Talvez chegue o dia em que não terão a quem explorar.
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Um comentário:
Rogério Baptistini, grande goleiro do FUTESP!
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