terça-feira, 5 de junho de 2012

Terra chamando Ronaldinho Gaúcho, câmbio...

por Leonardo André

R49, confere? 49 mesmo? (Foto: Gil Leonardi)

Após muito tempo vivendo os louros de um sucesso já distante no passado, Ronaldinho Gaúcho aterrissa em Minas Gerais, de volta à realidade.

Considerado o melhor jogador do mundo por duas vezes, desde que deixou o Barcelona – já em baixa – nunca mais voltou a ser o craque que fora um dia. Sua magia se perdeu na noite, regado a chope, ao som do pagode.

Hoje, se jogasse no Palmeiras como se cogitou através da mídia esportiva, seria normal o ex-craque encontrar o Betão pela noite paulistana. Talvez, para evitar riscos quanto à própria integridade física, o dentuço preferiu Belo Horizonte. De qualquer forma, não disputará títulos.

Do passado, restou apenas a vasta cabeleira. Jogando pelo Obaoba F.C., ou melhor, pelo Flamengo, teve um lampejo ou outro como aquele fantástico jogo contra o Santos, na Vila. E nada mais. Hoje é um jogador mediano em um time mediano. E tomara que esteja consciente disso.

Pode ser que ele cale a boca dos críticos. Mas “dar a volta por cima” é característica de outro Ronaldo – aquele dos travecos. O Gaúcho não é digno desse tipo de fé. Além do mais não possui nem 0,01% do carisma do seu xará, hoje cartola da CBF. A carreira dele provavelmente está em algum lugar entre o Limbo e o Mármore do Inferno. E se não tomar juízo é por lá mesmo que ele pode ficar. Tipo Garrincha.

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Um comentário:

Júlio disse...

Belo texto, Léo.

É importante separar estes momentos da carreira do jogador. Por um lado, para que as torcidas não tenham uma expectativa bem acima do que ele irá render; e também para que ele e seu irmão tenha os pés no chão nas negociações.

Quanto a ser jogador mediano, penso que ao menos ele tem uma visão do jogo melhor que a média.

Já o Flamengo... que coisa feia, hein! Divulgar um vídeo do cara em um hotel foi uma das coisas mais baixas que já vi. Não interessa a ninguém mais. Os caras falharam, sempre falham (e os atletas que vão pra lá devem prestar atenção nisso), e depois querem sair como injustiçados. Ah vá!