segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Na margem de erro


Bruno Lacerda

Vasco 1 x 2 Fluminense.

A explicação para o placar acima não poderia ser mais simples: venceu o melhor time.

Quem assistiu ao jogo viu que os acontecimentos não deixaram muita margem pra discussão.

Houve até um certo equilíbrio em alguns momentos. Fizemos aquele feijão com arroz de sempre, com Juninho tentando criar alguma coisa no meio-campo, Alecsandro se virando lá na frente, etc, etc.

A diferença foi que finalmente tivemos a oportunidade de ver o que acontece quando o Éder Luís está fora da escalação inicial. Infelizmente, o substituto para o nosso lesionado camisa 7 não foi o Tenorio – que, segundo o Cristóvão, tem condições físicas para jogar somente 45 minutos.

Fomos de Barbio, que infelizmente não conseguiu mostrar muito mais que o titular da posição. O rapaz corre, se esforça, tem vontade, mas faltam fundamentos, principalmente na hora de chutar a gol.

No fim, Thiago Neves resolveu em dois lances de quem sabe o que está fazendo. O primeiro em uma bola perdida pelo Felipe Bastos, armando o contra-ataque adversário. O lance terminou em um voleio tão bonito que até vascaíno ficou pra ver o replay.

Apesar do nosso empate-relâmpago em um gol contra de Gum, Thiago Neves voltou a marcar de falta, com uma pequena colaboração da barreira cruzmaltina.

E foi isso.

Hoje, temos uma equipe com um ótimo miolo de zaga, um meio-campo razoável e um centroavante que resolve, do jeito dele. Mas os laterais são fracos (William Matheus roda, roda e não sai do lugar), falta um camisa 10 e o Alecsandro carece urgentemente de um bom companheiro lá na frente.

Enfim, a Colina abriga alguns bons valores, mas poucos jogadores cerebrais, que conseguem o famoso “ler o jogo”. Dos titulares, só dois fazem isso: Juninho e Dedé. Por essa razão é que, cada vez mais, acho que não faz sentido manter o Felipe no banco.

Nas recentes matérias sobre o Vasco, o que mais se vê são expressões como “má fase”, “crise” e “queda de rendimento”. Isso faz sentido só em parte, pois esse elenco está fazendo até mais que a encomenda, especialmente após as saídas de Diego Souza, Fagner, Rômulo e Allan (nessa ordem de importância).

O negócio agora é ganhar de todo mundo que está lá pra baixo da 8ª posição e, contra os mais fortes, arrancar um empate aqui ou uma vitória fortuita ali. Além disso, vamos torcer pra que as possíveis entradas de Tenorio e Jonas no time ajudem a subir o nível e nos manter entre os 4 primeiros até o final da competição.

No mais, espero que a diretoria não caia na pilha de parte da torcida, que pede a saída do Cristovão.

Por mais frustrante que seja ver as possibilidades de título se distanciando a cada rodada, o 4º lugar na tabela é uma boa performance, se levado em conta nosso nível técnico.

Assim, os pontos que estamos perdendo ainda estão dentro da nossa margem de erro.

P.S.: até quando vamos jogar clássicos municipais fora de casa quando temos o mando de campo?


2 comentários:

Júlio disse...

Cara, sinceramente: considerava o Vasco um sério candidato ao título. Mas com essas alterações, o time caiu muito. Penso que não ficarão mais entre os quatro.

Ton Figueiredo disse...

Segundo o Betão, que é um ESPECIALISTA, quem vai ficar em 4º é o Palmeiras, já que eles vão dar uma super arrancada no 2º turno...Uhahahahahahahaahahhahahahahahahahahahahahaahahahahahahha!!!!!!