sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Nem lá, nem cá

Estou um pouco atrasado, mas segue mais uma análise do grande vascaíno Bruno Lacerda, que já está merecendo um lugar ordinário e cativo nesse espeço...segue o jogo com o time de São Januário, estádio que por sinal não trouxe muito sorte pra torcida tricolor ontem, pelo menos a tricolor de São Paulo...né!?

Por Bruno Lacerda

Pela segunda semana seguida, o torcedor vascaíno não festejou gols e nem viu o adversário comemorar: 0 x 0 contra o Corinthians, nesse domingo. Com esse número, nossa defesa se estabelece cada vez mais como uma das melhores do Brasileirão, em uma impressionante evolução desde que postei a respeito aqui. Estávamos entre as seis piores. Hoje, somos a terceira menos vazada, atrás apenas de Atlético-MG e Fluminense.

 O Mini-Mito Douglas fez jus ao apelido, jogando por ele e pelo suspenso Dedé. Fabrício, que entrou no lugar do Camisa 26, também não comprometeu. Fica evidente que o Vasco tem grandes chances de terminar com seu miolo de zaga na seleção do campeonato. O que não funcionou foi o que já não funciona há tempos. É difícil arranjar novas palavras pra falar do Éder Luís a cada rodada. A fase é braba.

Ontem, entre aplausos do Cristóvão e vaias da torcida, novamente ele errou muitos passes, se embananou com a bola mais do que eu nas saudosas peladas do Juventus de São João del-Rei e matou grande parte das nossas jogadas ofensivas. Carlos Alberto, por sua vez, tem sido mais participativo que o egresso Diego Souza. Ponto positivo. No entanto, ele mantém os mesmos defeitos que contribuíram para sua saída do Vasco em 2011: segura demais a bola, tenta jogadas individuais desnecessárias e, em determinados momentos, acaba se tornando um obstáculo à fluidez do jogo. A boa notícia do ataque foi a volta do Tenorio, recuperado de grave lesão.

Entrando pouco depois da metade do segundo tempo, o homi reestreou com muita vontade, o que eleva sua técnica mediana a patamares animadores. Pode ser uma boa alternativa ao Éder, mesmo que isso faça o time perder velocidade – como já dizia o filósofo, não adianta ser rápido se você está correndo pro lado errado. O resultado da partida é difícil de comentar. Por um lado, empatamos com aquele que talvez seja, taticamente, o time mais acertado do País.

Por outro, não conseguimos nos impor em casa. Se foi bom ou se foi ruim, vai depender do que houver com nosso principal adversário na tabela – o Atlético-MG, que teve seu jogo contra o Flamengo adiado por falta de estádio (!). Enfim, continuamos bem na tabela de classificação, com 73.8% de aproveitamento. Se esse nível for mantido, dificilmente não ficaremos com o título.

Vamos acompanhar.


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