Olhando pra frente!

Boas galera! Saudações palestrinas!

Lelezinho

Como havia escrito aqui nestas linhas ordinárias, não interessa mais a análise dos jogos do Palestra. Esse ano, mais uma vez, já era, ficamos à deriva, e o torcedor palestrino cada dia fica mais de saco cheio de tudo isso.
Brincadeiras à parte, tem razão meus amigos ordinários bambizinhos, o Palmeiras não desperta mais respeito, não tem conseguido títulos importantes e claro, apequena-se diante dos times Paulistas.
Isso é resultado de muitas variáveis, erros, e sobretudo, dos egos de quem administra de fato o clube, ou seja, dos Conselheiros ultrapassados e retrógrados que lá estão e enxergam o clube como o quintal de suas casas.
Eu já venho insistido aqui há um tempo, e cada vez estou mais convicto: sem uma administração profissional do futebol, continuaremos na mesma. Não é possível que dois senhores que administram restaurantes e vendem beiruths tenham o mínimo de condições de liderar o Departamento de Futebol, que hoje em dia é algo complexo, envolvendo uma rede de empresários e empresas associadas que cada dia ganham mais força. E por conta dessa inanição, o Diretor técnico do time, Filipone, teve de fazer as vezes de diretor, psicólogo, presidente e nas horas em que era possível, treinar o time...Isso não tem cabimento!
Ao ler a mídia palestrina e acompanhar os trabalhos do grupo Fanfulla, uma ala de associados palestrinos torcedores de arquibancada que almejam chegar ao poder, com novas e arejadas ideias, creio que há um horizonte pela frente, basta que os vendedores de beirtuh estejam dispostos a abrir mão de seus egos e pensar na SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS.

Ontem, como faço todo santo dia útil, voltei pra casa ouvindo o Estádio 97. Sou viciado neste programa. Logo no começo, o Benja confirmou aquilo que se tem noticiado na mídia palestrina, o Brunoro está cada vez mais lembrado pela cúpula palmeirense, e como o Benja é muito bem relacionado, talvez por ser judeu, estabeleceu um contato com o próprio, e foi uma baita alegria ouvi-lo. Claro que ele é bem lembrado porque além de ser palmeirense, destacou-se pelos caminhos do volley e tornou-se não só um empresário bem sucedido (agora comanda o Audax - time de futebol do grupo Pão de Açucar) mas um ótimo gestor, um conhecedor do mercado, e ministra vários cursos de gestão esportiva, os melhores do ramo. E óbvio, foi o gestor responsável pela parceria com a Parmalat, época de ouro do Palestra, quando dinheiro não era problema. Indagado sobre isso, porque a situação é outra ele disse: "Dinheiro é importante, mas não é tudo." O Fluminense, o Flamengo e o Vaxco tem dívidas muito maiores que o Palestra, mas montaram bom times mesmo assim. Por outro lado, clubes que fizeram parcerias fantásticas em termos de grana, como o Flamengo com a ISL, o Curinthians com Hicks Muse, não chegaram a lugar algum, ou seja, dinheiro sem bom gerenciamento não vale de nada.

O cara tem a mão boa! Ele é muito articulado, calmo, racional, ponderado, simpático, bem humorado, ou seja, muitas qualidades.
Ele lembrou que coordena um curso de gestão no Rio de Janeiro, com vários professores convidados, e que ano passado o presidente do Botafogo não só foi seu aluno mais assíduo como também obrigou todos os diretores a matricularem-se. Resultado? Botafogo Campeão Brasileiro de 2011, a despeito do Pipocaio Jr.

Principais pontos da entrevista: claro que ele não disse que vai trabalhar no Palestra, escondeu o jogo, falou de seus projetos atuais, limitou-se a dizer que foi sim procurado por um Conselheiro do Palmeiras e que adora enfrentar desafios, mas para aqueles que adoram análise de discurso, como eu, acho que na sua fala dá pra enxergar várias brechas.

Primeiro: ele acredita que o Palmeiras, mesmo com todos os problemas é uma baita marca a ser explorada e trabalhada. Isso não é novidade, mas afirmo pois tem gente que não entende isso.
Segundo: qualquer projeto deve ter um prazo para dar certo e ser pensando em médio longo prazo. Eu lembro muito bem que na época da Parmalat fala-se em projeto Tóquio. Todos rumaram para, em 3 ou 4 anos, chegarmos à final do Mundial Interclubes. E isso aconteceu, contra o Manchester.
Terceiro: ele disse que conhece os principais conselheiros, aqueles que formam opinião, se relaciona bem com todos e acredita que é capaz de sentar com todos e aglutiná-los num projeto comum, que vise um bem maior.
Quarto: ele quer carta branca, autonomia...Técnico dirige o time, gestor cuida do resto. Pronto!
Quinto: ele disse saber muito bem formar e escolher equipes, e conhece os melhores.
Sexto: nas entrelinhas, ele disse que caso fosse chamado toparia.

 Creio que este é um caminho, creio não, estou certo disso...O próximo é Diretas Já! Mas isso fica para um próximo post.

Tirone, pelo amor de Deus, demorou...